Conheci a Arca em maio de 2020 quando um vizinho divulgou no grupo do condomínio que as meninas precisavam de ajuda com lar temporário pois haviam feito um resgate grande.
Na época recebi o fofíssimo Zé (hoje Chicó), ele ficou comigo por cerca de um mês e meio bem no ápice do lockdown da pandemia. Nessa época pude entender o trabalho incrível dessas mulheres sensacionais. Além da seriedade, do suporte e do acompanhamento que elas fazem no LT pude notar todo o carinho e cuidado que elas tem com cada um desses anjos de quatro patas.
Mas esse foi só o início da história, naquela época estava desempregada e não pude adotar o Zé por toda a incerteza da situação econômica, nem preciso dizer que chorei feito uma criança quando ele foi pro lar definitivo né 😊
Eu não tinha como ajudar financeiramente mas me coloquei a disposição para ajudar como LT sempre que possível e assim seguimos.
Vieram Caetano-Chico e depois Pit-Bebel e o coração sempre pedia, mas o lado racional prevaleceu.
Até que, em fevereiro de 2022, Sami me procurou pra ser LT do Rodolfo e claro que eu não recusaria. Quando conheci a história dele e vi o vídeo do resgate meu coração doeu.
Ele era super assustado e arredio ao contato humano, pra aceitar ser acariciado sem tremer foram preciso semanas, mas fui seguindo com paciência e o coração amolecendo, aquecendo…
Já havia conversado com Sami e Ju sobre a vontade de adotar, mas ainda estava receosa e uma coisa que elas disseram fez muito sentido pra mim: mesmo que ele te veja por pouco tempo depois do trabalho, o amor e cuidado que vai ter é muito maior do que ele jamais teve.
Quando Sami e Carol vieram vacinar ele e disseram que no sábado seguinte publicariam as fotos para divulgar a adoção meu coração apertou.
Poucas horas depois que sairam daqui mandei mensagem perguntando se eu poderia ser a tutora do Rodolfo 😄
E cá estamos nós, Rodolfo agora é Estopa! 🐶 E não poderia ter sido mais certo o nosso encontro.
Não é uma jornada simples, ele tem muitos traumas, tem muito medo, mas cada pequeno passo como vê-lo brincar com um osso, ou tirar petisco de uma garrafa, ou ele aceitar petisco da minha mão é uma grande conquista que enche meu coração de alegria.
Chegar em casa e descobrir que ele extravasou a energia no enriquecimento ambiental e conseguiu resistir a tentação de destruir algo é sempre um momento de comemoração e incentivo!
Aos poucos vamos criando os laços de confiança e afeto e uma certeza eu tenho: enquanto eu viver ele não vai passar por nenhum sofrimento.
Chegar em casa e ver essa carinha felpuda (que ainda não sabe fazer festa) me olhar e dar um grunhidinho de oi é a melhor parte do meu dia 💕
Obrigada Arca por fazer parte da minha história, obrigada por todo o suporte, apoio e pelo trabalho excepcional que vcs vêm fazendo.